Domínio de autonomia curricular
Autonomia e Flexibilidade Curricular
A mudança não é opcional, é cultural… Não é “ou mudo, ou não mudo”…
A questão é mesmo: “Como mudo?”
Xavier Taragay
Porquê?
65% dos alunos que iniciam o 1.º Ciclo trabalharão em profissões hoje inexistentes.
World Economic Forum, 2016, Fisch & McLeod
“We are currently preparing students for jobs that don’t yet exist… using technologies that haven’t been invented… in order to solve problems we don’t even know are problems yet.”
O Que é?
- Projeto de promoção do sucesso escolar
- Aprendizagens efetivas e significativas
- Conhecimentos consolidados
- Competências de nível elevado
- Cidadania de sucesso
Despacho nº 5908/2017 de 5 de julho
- Centralidade na escola, nos alunos e nos professores
- AUTONOMIA (da escola)
- CONFIANÇA (na escola)
- RESPONSABILIDADE (por uma educação de qualidade/excelência)
- Gestão e enriquecimento do currículo
Documentos enquadradores
Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória
Estabelece a matriz do currículo do século XXI – conhecimentos, capacidades, atitudes e valores e é igual para todos os alunos, seja qual for o percurso académico.
Aprendizagens essenciais (AE)
O conjunto comum de conhecimentos a adquirir e de capacidades e atitudes a desenvolver obrigatoriamente por todos os alunos em cada área disciplinar ou disciplina, tendo, em regra, por referência o ano de escolaridade.
Outras questões
Com a entrada das aprendizagens essenciais continuam em vigor os documentos curriculares (metas, programas e orientações curriculares)?
R: Sim. As aprendizagens essenciais correspondem ao conjunto comum de conhecimentos a adquirir e de capacidades e atitudes a desenvolver obrigatoriamente por todos os alunos, sendo contudo necessário, ao nível do contexto de cada escola/turma e tendo como suporte os documentos curriculares, tomar decisões que visam a sua consolidação, o seu aprofundamento e/ou enriquecimento.
É possível conciliar este projeto com a avaliação externa no ensino secundário?
R: Sim. O IAVE já foi envolvido neste processo, pelo que a avaliação externa terá como referencial base as aprendizagens essenciais, enquanto denominador curricular comum. Estas provas irão ainda contemplar a avaliação da capacidade de mobilização e de integração dos saberes disciplinares, com especial enfoque nas áreas das competências-chave inscritas no Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória.
Que objetivos?
Promover melhores aprendizagens, que levem ao desenvolvimento de:
CONHECIMENTOS (Aprendizagens Essenciais)
COMPETÊNCIAS (Perfil do aluno para o séc. XXI/ à saída da Escolaridade Obrigatória)
ATITUDES (Cidadania e Desenvolvimento)
Valorizar as artes, a ciência, o desporto, as humanidades, as TIC´s, o trabalho experimental;
Adquirir competências de pesquisa, avaliação, reflexão, monitorização crítica e autónoma da informação para resolução de problemas;
Promover experiências de comunicação/expressão em língua portuguesa e línguas estrangeiras;
Promover o exercício da cidadania ativa;
Implementar o trabalho de projeto
Como?
Combinação de disciplinas;
Funcionamento interdisciplinar.
Domínios de autonomia curricular
(Combinação entre disciplinas potencial pela confluência entre os seus conteúdos)
Avaliação
“Os nossos alunos não aprendem o que lhes ensinamos” – é esta realidade, simples e profunda, que faz com que a avaliação talvez seja o fator central de um ensino eficaz. Se os nossos alunos aprendessem o que lhes ensinamos, nunca precisaríamos de avaliação. Bastava catalogar tudo o que ensinámos, com a certeza de isso era o que tinham aprendido.
Dylan William, 2013
Exemplos de operacionalização ao nível da avaliação
- Instrumentos de avaliação diversificados:
- Produção de textos, objetos, esquemas, …
- Resolução de problemas
- Trabalho de projeto
- Debate
- Ensaio
- Observação em situação
- Apresentação oral
- Relatório (de percurso, de experiência, de projeto, …)
- Simulação, jogos
- Diário, (re)conto
- Portefólio
- Entrevista
- (…)
- Partilha de instrumentos de avaliação entre disciplinas (p.e. projeto avaliado em português, ciências e história relativamente a diferentes dimensões e com diferentes critérios).
- Valorização de experiências de mentorado na avaliação do aluno – p.e., os melhores ajudam os mais fracos, contando isso na sua avaliação do Saber Ser e Estar;
Cidadania e Desenvolvimento
- Como disciplina (2.º e 3.º CEB) ou transversal (1.º CEB e Secundário)
- Conta para a média no ensino secundário
Temas a trabalhar:
- Obrigatórios:
- Direitos Humanos
- Igualdade de Género
- Interculturalidade
- Desenvolvimento Sustentável
- Educação Ambiental
- Saúde
- Apenas em dois ciclos:
- Sexualidade
- Media
- Segurança Rodoviária
- Literacia financeira
- Educação para o consumo
- Instituições e participação democrática
- Opcionais:
- Empreendedorismo
- Voluntariado
- (…)
Olhos fixos no horizonte e pés bem assentes no chão…
Joaquim de Azevedo