2.ª edição do Torneio de Debates do CRSI
Diga aos nossos queridos alunos que li com enorme prazer as cartas encantadoras que me escreveram; eles que me escrevam de seis em seis meses. Alguns redigem muito bem. Ensine-os a compor discursos pequenos; mesmo que deem erros, vão-se exercitando, habituam-se a falar e a refletir. Ensine-os a declamar, a ler bem poesia, tudo isso é muito útil. (AMJ, Carta 190)
Não descure nada do que se refere à instrução. Organize de maneira a que todas tenham lições e tantas quanto possível; dê atenção à escrita, à maneira de falar e até de estar; nada deve ser descurado. (AMJ, Carta 120)
Há tempo de calar e tempo de falar. (Ecle 3, 7)
A 2.ª edição do Torneio de Debates do CRSI nasce como desígnio de dar voz ao nosso Tema Cultural – «DEUS CONFIA-TE O MUNDO. AMA-O! PROTEGE-O! TRANSFORMA-O!». No âmbito desta última exortação para transformar o mundo, que não podia estar mais em sintonia com o exemplo dado pela vida e obra da nossa Madre Fundadora, o Torneio de Debates procura ajudar a despertar nos alunos um olhar atento sobre o Homem e a sociedade que o rodeia no sentido de reforçar a sua vontade de intervenção cívica para a construção de um mundo melhor. Neste pressuposto, o objetivo maior do evento é o treino dos alunos para amar e procurar a verdade — o amor pela verdade exige que se ponha de lado o centramento sobre si próprio em favor de um olhar benevolente sobre o outro; exige ainda que os alunos cultivem o confronto respeitoso de convicções opostas e que ponham em prática um exame exigente e honesto dos problemas com que os se confrontam, apurando a procura da verdade. Com efeito, o conflito e a diferença de convicções é um bem do qual não há que ter medo, se for pautado pelo respeito e consideração do outro.
O Torneio de Debates promove a liberdade de expressão, a liberdade para questionar e pôr em causa e, principalmente, a liberdade de afirmar e defender uma perspetiva a que se adira: treinando a retórica e incentivando o cuidado formal na preparação das exposições, demonstrando consideração pelos adversários e reconhecendo o seu efetivo papel como colaboradores num diálogo que se pretende sempre orientado para a verdade e um instrumento privilegiado de participação social, de procura da justiça e de serviço à humanidade.