Notícia DC 12 NOV 17
Rosette Marques
Festa Colégio Rainha Santa Isabel cumpre legado da madre fundadora – “estar onde há bem a fazer e sofrimento a aliviar” – com concerto para ajudar as vítimas dos incêndios
O Colégio Rainha Santa Isabel celebrou mais uma vez a festa da comunidade educativa, no passado fim-de-semana, num mês em que o colégio evoca Ana Maria Javouhey, fundadora da Congregação de S. Joséde Cluny,àqual pertence o colégio.
Partindo do desafio e lema da fundadora “Estar em toda a parte onde há bem a fazer e sofrimento a aliviar”, o colégio integrou nesta festa um con- certo solidário a favor das víti- mas dos incêndios de 15 de Outubro.Angariou 4.740 euros, «valor que ainda pode ser au- mentado», que se destina a duas famílias de Tábua e uma de Oliveira do Hospital. Airmã Maria da Glória, directora do Colégio Rainha Santa Isabel, explicou que «são famílias com crianças que vamos ajudar com cerca de 1.500 euros para cada uma, em parceria com as autarquias, sendo que depois de constatarmos as necessida- des reais, faremos a aquisição dos bens em causa, juntamente com os interessados».
O concerto envolveu pais, alunos, ex-alunos e toda a co- munidade educativa, dando assim continuidade à acção solidária do CRSI.
O empenho e dedicação na festa da comunidade educativa estendeu-se mais uma vez aos pais, alunos e professores que, na manhã de sábado, puderam percorrer os vários continentes, onde a Congregação das Irmãs de S. José de Cluny está presente e que resulta da acção empreendedora de Ana Maria Javouhey que, no início do século XIX, num período conturbado, deu início a uma acção evangelizadora pelo mundo, abrindo escolas e cuidando dos doentes, estando ela própria em vários pontos do globo, como as ilhas Bourbon, as Antilhas, Guiana, Senegal, entre outras paragens.
E porque se procura que os alunos saibam quem foi esta mulher lutadora e deveras corajosa capaz de «empreendimentos sobre-humanos», o Colégio Rainha Santa Isabel evoca sempre a sua memória por ocasião da festa da comunidade educativa. Este ano, através de um conjunto de actividades lúdicas, os alunos foram convidados a «dar a volta ao Mundo com Ana Maria Javouhey». Assim, os grupos disciplinares organizaram-se em conjuntos de dois e, cada um deles passaria a representar
um continente. A título de exemplo, refira-se que o grupo de Matemática e Línguas ficou responsável por organizar a «presença da Congregação na Ásia», pelo que uma paragem por ali convidava os alunos a conhecerm um pouco da cul- tura, da língua e dos costumes de cada país asiático. Um dos países escolhidos foi a Índia, o país asiático com 145 comunidades das 153 em todo o con- tinente. Por isso, não faltou a banca das especiarias para identificação, nem a presença
do marajá, princípe da antiga civilização indiana. Ainda na Ásia, também a dança dos bambus despertou a atenção dos alunos, numa referência à dança tradicional das Filipinas, onde a congregação tem duas comunidades.
África também representada por um enorme pilão e danças angolanas. E cada país se vai revelando com danças, mapas, tradições e elementos identi- tários conhecidos de todos, como é o caso do canguru, que representa a Oceania.