Volta ao mundo com a madre fundadora no CRSI

Notícia DC 12 NOV 17
Andrea Trindade

«Bem vindos ao maravilhoso mundo Cluny», disse o “comandante de voo” à equipa dos “Lilos & Stitch”, que já antes ha-via recebido instruções e um passaporte das mãos da “hospedeira de bordo”. Depois de uma selfie para mais tarde recordar, o grupo de alunos do Colégio Rainha Santa Isabel partiu na “Volta ao mundo com Ana Maria”. Ontem foi dia de festa para alunos e famílias, professores e não docentes. E foi dia de recordar a fundadora da congregação e o seu legado pedagógico.

Ana Maria Javouhey nasceu há 238 anos, em França, e ontem celebrava-se o aniversário do seu baptismo, o dia que considerou o mais importante da sua vida. A missionária fundou há 210 anos a Congregação de S. José de Cluny – com obras ao serviço da educação e do apoio aos mais necessitados espalhadas pelos cinco continentes e «deixou-nos um legado pedagógico muito forte, de olhar toda a pessoa como imagem e semelhança de Deus, de assumir a pessoa independentemente da etnia e convicção e ajudá-la a romper as trevas da ignorância», explicou ontem a directora-geral do CRSI, Irmã Maria da Glória.

A festa da comunidade educativa do colégio decorreu du- rante o dia de ontem, com jogos, surpresas, almoço partilhado e um concerto solidário com vítimas dos incêndios no nosso distrito. Divididos em grupos, os alunos puderam percorrer espaços que simu- lavam os cinco continentes e neles ficaram a saber um pouco mais sobre a obra da Congregação de S. José de Cluny. «Uma das congregações mais plurais da Igreja e com actividade apostólica em todo o mundo, que abrange desde actividades de ensino, apoio a doentes, actividades nas paróquias», reforçou a Irmã Maria da Glória. A fundadora sabia que «a educação é a base de tudo e que esta deve ser recheada com os valores do Evangelho», reparou a diretora-geral do CRSI, sublinhando que «sem educação não há empenho, nem desempenho».

Da África à Ásia, passando pela Europa, pela América e a Oceania, os alunos do colégio recordaram, através de dife- rentes provas e actividades, os povos, as culturas e também o apoio prestado pela Ordem de S. José de Cluny. O grupo “Descombinações + 1”, constituído por seis alunas e um aluno de 7.º ano, fez a dança do Nepal e já cheirava especiarias da Índia

quando o Diário de Coimbra os interpelou. O Duarte confessava-se um pouco enjoado com os aromas da canela, do cravinho ou da pimenta, mas, com as suas seis colegas, lá foi respondendo aos professores de Línguas e de Matemática, responsáveis pelo “cantinho” da Ásia no recreio do colégio. A festa prosseguiu e a volta ao mundo também.

FIGUEIREDO

Irmã Maria da Glória, com um grupo de alunos, na zona dedicada ao continente africano

Em cinco espaços diferentes, a comunidade educativa recordou culturas e a obra da congregação